30 dias em new york: snowy day

12 de fevereiro de 2008

Hoje fomos novamente ao Museu de História Natural, dessa vez pra terminar de ver os outros andares (de total de 5) pois não tivemos tempo semana passada. É bastante cansativo andar pelo AMNH, mas a cada sala você abre a boca e vira pra pessoa do lado fazendo aquela cara de "uau". A planta não é exatamente feita pra você seguir um caminho fixo, então você acaba indo e voltando, indo e voltando, indo e voltando, indo... é, isso aí. Teve uma vez na sala sobre história africana em que sentimos uns 4 déjà vu seguidos, "a gente já passou aqui um milhão de vezes" :-P

American Museum of Natural History

A sala dos primatas e evolução do homem foi uma das mais legais na minha opinião. Nem tanto pela exposição, que era sem pirotecnia, mas pelo significado. Como o que tá abaixo, pra nos lembrar da nossa insignificância:

Primatas

Braindump: baleia gigante suspensa, muitos dinossauros (mas só um t-rex), cópia do código de hamurabi, minerais radioativos, salas no breu absoluto, filas enormes, escadaria bonita, árvores petrificadas e sequóias, anti-criacionismo, processamento de mandioca, comida de astronautas, godzilhões de maquetes sobre tudo, caveiras e múmias, lanchonete careira, elevadores enormes, pinturas com fundo infinito, chester cheetah, caminho pra exposição da água no chão, silêncio, cochichos, muitos flashes, flashes presos com o dedo, stibinites gigantes, musiquinhas de fundo, planeta girando, espiral do big bang sem saída, janela de dentro do barco, índios, dragões de komodo e neve acumulando nas janelas.

Cheetah

Uma coisa engraçadíssima que aconteceu lá no AMNH foi quando estávamos passando pela loja antes de irmos embora e enquanto estávamos dando uma olhada nas coisas à venda eu ouvi de fundo, bem baixinho, uma melodia conhecida. Eu tenho alguns tiques e manias que nem eu mesmo percebo às vezes, e um desses é ficar assobiando umas músicas da época em que morei no Pará. Como por exemplo aquela "chorando se foi, quem um dia só me fez chorar". A Danielle quase me bate quando começo a fazer isso... mas não é que tava tocando isso na loja do AMNH? Em português (na melhor versão semi-pirata da Kaoma)! De qualquer forma, se você já viu aquele filme Uma Noite no Museu pode tirar o cavalo da chuva. O filme quase não tem nada a ver com o museu de verdade, mas ainda assim aumentou em uns 20% as visitações, pelo que dizem. Inclusive tem até um programa pra você levar seus filhos e eles dormirem no museu com os guias e outras crianças :-)

Na verdade acabamos saindo antes do esperado do museu porque vimos que havia começado a nevar muito forte pelas janelas, e quisemos aproveitar a oportunidade. Afinal estávamos nas últimas já, e nenhuma neve realmente forte havia passado por NY até então. Quando saímos na escadaria do AMNH até assustamos, neve com um puta vento, quase na horizontal. Nada parecido com a primeira vez quando fomos no museu e começou a never bem na hora em que torramos a bateria da câmera. Naquele dia saímos atrás de baterias pra comprar e até entramos numa estação do metrô em que chegava a cair neve dentro, por uma passagem de canos eu acho, mas foi só chegar na superfície pra parar e nem acumular nada :-(

Central Park

Dessa vez nevou pra caralho num curto espaço de tempo, sendo que não havia caído um único floco de neve nos últimos dias. Deu pra gente se divertir bastante como típicos turistas que nunca viram neve na vida. No Central Park só dava a gente, os únicos loucos se divertindo com isso tudo, com neve acumulando até na minha careca. Bleh. No começo até tinha gente correndo na neve, exercitando-se, mas depois só ficou os turistas sem noção como a gente mesmo: brincando de escorregar de pé na neve, jogando um no outro, embaçando totalmente a lente da câmera por causa do frio e a Danielle se esborrachando no chão porque a bota dela não era pra neve como a minha heheh.

Bow Bridge

É bonito, fofinho, 100% branco e você acha um barato... mas ainda bem que acaba. Quando voltamos pra casa à noite, havia mais neve ainda acumulada no quintal, na entrada do carro. Depois, quando não estava nevando mais e sim chovendo, aí a neve virou uma esponja. Onde havia neve desprotegida, a água ficou presa dentro. Então você via 1 palmo de neve semi-transparente, e era só pisar pra tua calça virar uma mini-piscina, encharcada. Além disso aquilo realmente vira uma merda branca, como dizem, em pouco tempo. É só os carros começarem a circular que tudo fica marrom, imundo. Em NY parecia que havia merda nas esquinas. Que fofo. Outra coisa interessante é quando chove e faz muito frio pouco tempo depois de nevar. Se isso acontece em cima de um montinho de neve ela vira pedra, dura pra cacete. Eu tentei arrancar uns pedaços daquilo com a bota mas não consegui nada... e até onde nos contaram aquilo leva meses pra derreter.

Agora matamos a vontade, pra valer. O que vimos de neve foi na medida pra não pegarmos raiva eu acho heheh. Segundo a previsão do tempo... nada de neve pro resto da viagem. Yeah!

© caio1982