Querido diário, eu consegui. Caralho, funciona. Depois de seguir por um caminho de problemas, tickets abertos em toneladas e ter os níveis de stress e irritação batendo todos os meus recordes pessoais... parece que consegui migrar com o pessoal do trabalho toda a infraestrutura Fedora dos produtos e soluções VoIP pra Debian.
De sexta-feira passada eu nem lembro o horário em que corri do escritório. No sábado eu já tava na porta às 7AM, mas tive que sair ao meio-dia. No domingo cheguei às 11AM e fui embora meia-noite, eu acho. A segunda-feira começou às 9AM e foi até as 11 da noite da terça-feira sem parar, e hoje foi das 8AM até 1 hora atrás.
Puta que pariu. Isso rendeu uma infraestrutura muito boa e organizada e aprendi um bocado sobre o "novo" instalador do Debian e como é gerada automagicamente um monte de coisa que vai pros CDs oficiais. Agora temos nas mãos, por consequência de umas das tarefas anterior, um instalador 115% automatizado pra um novo produto. Nada de "pressione X" ou "digite XPTO", como diria um dos chefes. Preseeds até cansar, automatização total. Só o particionamento com RAID1 nos discos SATA eu ainda não consegui fazer automático, ok, confessei. Na mira está um set ueber enxuto de softwares junto com os pacotes de telefonia que eu tô mantendo mais a aplicação do pessoal web do trabalho.
Eu não tive cabeça, e muito menos tempo, de: abrir o cliente IRC pra acompanhar projetos do próprio trabalho, ler e-mails pessoais de qualquer espécie, ir atrás de hotel pra ficar durante o FISL, lembrar quais CDs do Lost 2 eu esqueci de repassar pro Boto/Claudio, pensar em quem está longe de mim (por minha culpa; e que me fez pensar nos parágragos seguintes) e nem porra nenhuma a mais. Nunca me senti tão voltado para problemas. Eu me senti workaholic, e fiquei também muito puto, por tanta responsabilidade sentida nas costas. Mas vi, vim e venci (ou meu cérebro gosta de pensar assim).
Da listinha fofa do último post (também conhecida como lista do choro, ou da manha), resolvi o problema do KDE, que era uma bobagem qualquer de loopback perdido graças ao Debian Unstable; consegui o último episódio do Lost 2 (yay!); arranjei uma documentação aparentemente muito boa sobre sinalização MFC/R2 de telefonia e bom, atualizei esse changelog pessoal.
Agora estou aqui... com um sorriso de uma orelha até a outra, vento entrando pela janela, sentado no meu banquinho de madeira ultra-velho (não o fiz com minhas próprias mãos), comendo kibe assado (não o preparei com minhas próprias mãos) e ouvindo o álbum mais novo do Social Distortion (não o comprei com minhas próprias mãos).
E falando em Social Distortion... nunca um set de músicas me fez tanto sentido ao mesmo tempo, mesmo com letras tão diferentes entre uma mp3 e outra. As letras de verdade do Mike Ness - totalmente pra baixo, verdadeiramente tristes e depressivas - fazem alguma falta, mas é curioso ouvir ele cantar coisas como "i believe in love now, with all of its joys and pains", sendo que em um show deles eu lembro dele perguntar "vocês querem alguma happy song?" e o povo bixa "yeah!", só pra ele responder com um seco "nós não temos happy songs" depois.
Vou demorar pra me acostumar à elas, mas foi assim também com tudo de
Curitiba, até agora.
Nada como falar à sós com o wordpress porque os amigos de hoje não
topam ouvir coisas assim.