Acordei agora à pouco, depois de chegar cansado pra caralho do show do NOFX de ontem à noite no Curitiba Master Hall. Acho que fazia um longo tempo que eu não ia num show punk, e esse foi e é sem comentários :-) não tinha nenhuma porção das minhas roupas que não estivessem escorrendo suor... foi foda. Foi muito foda. Valeu cada centavo dos meus 100 reais (sim, foi caro pra um show punk, mesmo sendo do NOFX).
Fui sozinho e com a minha camiseta do NOFX feita à mão, mais velha e cheia de manchas que não sei o quê (aho que a Danielle não gostaria de ouvir "britadeiras" por 2 horas, como ela diz; ela foi no Livro em Cena, que infelizmente eu tive que perder). Apesar da fila enorme, consegui ficar num ótimo lugar, mais ou menos em frente ao El Hefe, com uma pessoa somente entre eu e a grade até o palco. Deu pra ver muito bem eles tocando (e ainda me impressiono com o Hefe pulando e dançando e sem errar praticamente nenhum acorde).
O show começou lá pelas 8:30 e a banda de abertura saiu do palco umas 8:55. Saiu vaiada e aos berros de "emo! viado! cê tá no show errado!" :-P puta que o pariu... como botam uma merda de bandinha emo pra abrir o show do NOFX depois de quase 10 anos sem tocar no Brasil? Vai tomar no cú! Tinha que ter sido cagada de uma rádio (Mix FM de Curitiba, shame on you). Era chuva de cerveja em cima deles, galera sentando no chão pra tirar sarro, copos e latas nos guitarristas e até um bem na cara do vocalista, quando ele estourava a hemorróida dele berrando um refrão emo e gay "tente não choraaaar, tente entendeeeer".
Ok, show do NOFX agora, finalmente. Acho que 30% do público era mulher, e isso me surpreendeu... não sei se em Curitiba é normal, mas em São Paulo e no litoral, dependendo das bandas, isso não chega nem aos 10%. Parte delas estavam com os namorados e chuto que metade estavam lá mesmo pra ver a porra da banda de abertura (elas cantavam emocionadas, lá dos camarotes VIPs, se é que me entende).
Os caras quase não tocaram músicas do álbum novo (Wolves in Wolves' Clothing)... senti falta de We March to the Beat of Indifferent Drum, mas eles abusaram das clássicas... e isso que fez o show muito massa. Não teve música onde o pessoal ficou parado ou sem berrar as partes legais. Eu praticamente não me mexia onde tava, era levado pela "correnteza" do pessoal. Era tanta a falta de espaço que nem teve uma mísera roda de mosh. E eles começaram a tocar, por causa das eleições pelo que entendi, com Murder the Government :-)
Hefe com a camiseta do Public Enemy mandou bem no trompete pra variar, Sandin "homem de gelo tatuado que não parece se cansar", Fat Mike de cabelo verde dessa vez e com boina de dálmatas, Melvin tocando acordeão por 5 minutos no fim real do show (hilário e eu não sabia ainda que ele tocava de verdade isso) e até o líder dos roadies (I'm Limo! From Scotland! So give me haggis!) tocando teclado pra fazer aquelas firulas de algumas músicas. Quando não haviam os enfeitinhos ele ficava fazendo passos da dança do robô...
Desnecessário dizer que fecharam o show com Don't Call Me White: tava bem óbvio com o pessoal pedindo ela o tempo todo, e já que tocaram a maioria das músicas do Punk in Drublic (de 1994, e que eu tinha "gringo"), tava fácil... tocaram até uma versão de Scavenger Typeem punk rock. Eu não tinha comido/bebido nada antes do show e tive que ouvir Don't Call Me White do lado do balcão do bar, tentando pegar algum ar fresco pra ficar de pé, heheh.
Agora sim eu posso dizer também I Heard They Suck Live! TWICE :-)
Meu irmão Pedro me ligou alguns minutos atrás (o que me acordou pra escrever esse post, inclusive) e falou que conseguiu ingressos na última hora pra ele e um amigo irem no show de São Paulo, hoje à noite, depois das votações! Só espero que eles pelo menos não sejam os emos dessa vez.
PS: e eu continuo na batalha pra achar um plugin decente que liste e organize os posts antigos...