Acabei de voltar do Cinemark Mueller em Curitiba. Fui com a Danielle assistir Cloverfield, o tal filmaço de monstro que tava todo mundo esperando (eu estava). Enquanto tava de férias ninguém quis ir conosco assistir, então tivemos que ir sozinhos agora mesmo, após o Felipe recomendar altamente o filme. Claro, tem que assistir de peito aberto, sem bixisse.
O ritmo frenético da câmera deixa Bruxa de Blair no chinelo nesse sentido. O roteiro é simples e em algumas partes piegas, mas nada ridículo pra um filme de monstro feito em Hollywood, mesmo. Se quer explicações sobre a origem do monstro, desista. O filme não é pra ter começo direito, muito menos um fim. É um monstro gigantesco atacando uma cidade famosa e destruindo absolutamente tudo pelo caminho.
Ponto final. Três pontos finais. Mais alguns pontos finais. É isso e só, mas VALE A PENA. Se você tava com receio de ver o filme porque não tinha certeza se veria ou não o monstrengo, fique frio. Dá pra ver bastante ele, só não é o suficiente pra você sair da sala do cinema pronto pra fazer um retratro policial, se é que me entende. Se procurar na Internet vai achar um boneco que a Hasbro tá pra vender. É um boneco promocional que mostra o bichão mor em uma cor meio branca. É esse aí mesmo. Não se preocupe, é bem diferente do Stay Puft...
Interessante que pra gente o filme teve um significado todo especial. Começando pelo nome, que não tem nada a ver com o enredo da fita. Cloverfield é um campo/bosque que tinha perto da onde a gente ficou nas férias em Bridgeport, e NY... bom, ver uma cidade sendo destruída tendo conhecido ela é muito massa. É uma sensação diferente. Eu arrisco a dizer que não existe uma única região da cidade mostrada em Cloverfield que eu e a Danielle não tenhamos conhecido! Foi massa ver tudo no filme.
Fizemos o mesmo caminho que eles no filme na ponte do Brooklyn, exatamente até o mesmo ponto. Andamos à pé em Lower Manhattan. Fomos num Starbucks no Columbus Circle, onde conhecemos um americano filho de brasileiros querendo treinar seu (já excelente) português. As pontes do Central Park e os espaços abertos de lá. Até a 59th Station que cansamos de usar apareceu no filme, junto com o coitado do Grand Central Terminal sendo destruído. Só não fomos até Coney Island, onde é a cena final e mostra no horizonte (no lado direito) o bicho aparentemente caindo no mar. Mas não vale, Coney Island fica muito longe dali mesmo :-)
Como o Felipe, acho que dá pra dizer que Cloverfield até agora foi o melhor filme de monstro que já vi. Apesar de avisarem sobre pessoas passarem mal pela movimentação da câmera, nem tivemos problemas com isso. Achei até fantástica a cena da câmera caída no Central Park no final do filme. O auto-foco ficava alternando entre a grama, a cabeça de um cara e o céu. Grama, cabeça, céu. Grama, cabeça, céu. Até alguém pegá-la.