oficialização

16 de outubro de 2009

Ontem à noite fiz o tal pedido pra Dani, finalmente. Não que precisasse, moramos juntos faz algum tempo, namoramos há muitos anos etc e tal. Mas achei que como menina ela iria gostar, só pra oficializar tudo. Sem planos extras além dos que já temos, viver com ela me basta. Eu anotei esse trecho de GS:V no momento em que li (na altura em que a história está é uma parte muito bonita), pra usar um dia em um momento especial pra nós dois... mas acabei recitando ele de forma resumida pra ela ontem mesmo:

Minha Otacília, fina de recanto, em seu realce de mocidade, mimo de alecrim, a firme presença. Fui eu que primeiro encaminhei a ela os olhos. Molhei mão em mel, regrei minha língua. Aí, falei dos pássaros, que tratavam de seu voar antes do mormaço. [...] Principal que eu via eram as pombas. No bebedouro, pombas bando. E as verdadeiras, altas, cruzando do mato. – “Ah, já passaram mais de vinte verdadeiras...” – palavras de Otacília, que contava. Essa principiou a nossa conversa. Salvo uns risos e silêncios, a tão. Toda moça é mansa, é branca e delicada. Otacília era a mais.

Mas, na beira da alpendrada, tinha um canteirozinho de jardim, com escolha de poucas flores. Das que sobressaíam, era uma flor branca – que fosse caeté, pensei, e parecia um lírio – alteada e muito perfumosa. E essa flor é figurada, o senhor sabe? Morada em que tem moças, plantam dela em porta da casa-de-fazenda. De propósito plantam, para resposta e pergunta. Eu nem sabia. Indaguei o nome da flor. “Casa-comigo...” – Otacília baixinho me atendeu.

Claro que a Dani ficou com um sorriso de uma orelha até a outra, até hoje de manhã :-)

© caio1982